sexta-feira, 30 de março de 2012

A história de Janaína

Pessoal, recebi esse e-mail alguns dias atrás, é a história da Janaína, infelizmente não conseguir um contato com ela novamente, para pegar informações básicas como qual a cidade dela, idade, essas coisas.
Espero que esteja tudo bem com ela. E Janaína, assim que ser essa postagem entre em contato comigo, ansiosa pra ter noticias suas.
Eis a historia de Janaína.



"Meu nome é Janaina tenho também um tumor desmoide só que o meu é na parede abdominal.
Em abril do ano passado (2011) comecei com dores abdominais fui para hospital , fiz uma ecografia e foi diagnosticado um nodulo solido tipo infiltrativo na mesma semana realizei uma cirurgia no qual foi retirado o nodulo acima da aponeurose foi para anatomo e veio o resultado de " fibromatose desmoide " com limites cirurgicos comprometidos; 14 dias após quando fui retirar os pontos comentei com o cirurgião que havia feito que achava que tinha voltado, ele ficou em dúvida mas dois dias depois me procurou dizendo que tinha visto em seus livros e conversado com colegas que esse tipo de tumor pode voltar se não for retirado tudo, um mês ( maio 2011) após a primeira fiz a ampliação de margem porém nessa peguei infecção tive que abrir toda ela e após foi fechada nessa o anatomo veio " tecido adiposo, fibroso e muscular esqueletico com inflamação crônica e granulomas de tipo corpo estranho com ausência de neoplasia " . Em janeiro agora fiz uma nova eco pois estava sentido um desconforto na região da cirurgia e para minha surpresa tinha um novo nodulo de 1x7 por 1x4, após essa eco foi a procura de algum cirurgião que tivesse mais acesso a esse tipo de tumor, em fevereiro fiz uma nova eco acompanhada do novo cirurgião e para nossa surpresa o nodulo já estava 2x8 por 2x4 vou realizar nova cirurgia em abril com uma ampliação de margem ainda maior ele irá colocar uma tela mista na parede abdominal pois vai ter que retirar mais margem. Assim como você todo o dia estou  a procura de mais informações sobre esse tumor que como os médicos dizem ele é considerado raro, no meu caso estou tendo um reisidiva do tumor em menos de um ano mas estou muito confiente pois como você disse em relato esse graças a Deus é benigno.
Att
Janaina"

Substância que combate células cancerígenas é descoberta


Pesquisadores conseguiram identificar e reproduzir no laboratório do campus Dona Lindu, da Universidade Federal de São João del Rey, em Divinópolis, no Centro-Oeste, uma substância que pode ajudar a combater o crescimento de células cancerígenas. A pesquisa, feita em parceria com a Fundação Ezequiel Dias e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), identificou a Teoneladina C, produzida pelas esponjas marinhas.

A descoberta e produção da substância foram concluídas após três anos de estudo. “A diversidade marinha é grande e tornou-se um foco interessante de estudos”, afirmou o pesquisador e professor do laboratório de síntese orgânica do campus, Gustavo Viana.
Segundo os pesquisadores, testes preliminares com a Teoneladina C mostraram que a substância é eficaz no combate a tumores e ao crescimento desordenado das células cancerígenas que atacam órgãos e tecidos do corpo humano. “Para nossa surpresa, elas se mostraram promissoras e inibiram até 80% do crescimento celular de algumas células”, ressaltou o pesquisador e professor do laboratório de bioquímica de parasitos, Fernando Varotti.
Por enquanto o estudo é feito em células desenvolvidas em laboratórios. A previsão é de que a célula seja testada em animais no segundo semestre deste ano. Já em seres humanos deve demorar pelo menos cinco anos. “Estamos realizando estudos aprofundados para saber como a morte dessa célula tem acontecido”, afirmou Viana.
No entanto, a substância pode ser eficaz também no combate a outras doenças. “Já avaliamos a ação desses compostos sobre parasitas da Malária e também se mostraram eficientes. Em paralelo começamos os testes contra a Leishmania e esperamos ter, em breve, resultados promissores”, ressaltou Varotti.
Viana destacou que a descoberta pode aumentar, em longo prazo, a oferta de terapêuticos para o tratamento de algumas dessas doenças com preço acessível. "Esperamos desenvolver protótipos de novos medicamentos que sejam comercializadas com um custo mais baixo do que os já existentes para o tratamento, principalmente, do câncer", afirmou.
Fonte: G1


quinta-feira, 29 de março de 2012

A história de Heloísa Orsolini Albertotti

Pessoal, encontrei a história dessa moça e achei bem interessante compartilhar com vocês. 
Ela foi diagnosticada com câncer, linfoma  Não-Hodgkin, exemplo do que aconteceu com Reynaldo Gianecchini.
É uma entrevista que ela deu para o site: www.oncoguia.com.br, então a referencia é totalmente deles.
Segue abaixo a entrevista dela.

*Você poderia se apresentar?
Meu nome é Heloísa Orsolini Albertotti, tenho 29 anos, sou modelo, apresentadora, professora de Yoga e também sou formada em Economia! Nossa, quanta coisa, até me perco! Rsrsrs.

*Como você descobriu que estava com linfoma? Qual o tipo de linfoma que foi diagnosticado?
Meu diagnóstico foi um longo processo! Eu tive uma trombose e alguns marcadores deram alterados. Depois disso comecei a investigar. Em um dos exames, descobri uma massa de 10cm x 8 cm no pulmão e mediastino e o médico me disse que provavelmente era um linfoma.
Meu primeiro pensamento foi: “Mas eu quero ter filhos!” rsrsr... Só que a biópsia não detectou o câncer e fiquei 1 mês tratando como se fosse uma infecção. Depois de mais de 20 dias internada, tive alta. Passadas duas semanas, me senti mal e refiz os exames: a massa tinha voltado a crescer.
Fui internada de novo e dessa vez fizeram uma biópsia a céu aberto, maior e mais confiável: com ela, não teria chance de erro! E foi aí que eu descobri o linfoma, no dia 20 de dezembro de 2011. É um linfoma Não-Hodgkin de grandes células b, nos pulmões e mediastino e vários outros lugares (o que é normal no caso de linfoma, já que é no sistema circulatório).

*Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu?
Como eu já tinha descartado o diagnóstico de linfoma uma vez, eu pensei: “Não acredito! Eu achei que estivesse livre dessa!”. Fiquei brava por todo o tempo que estava sendo tratada de outra coisa.
Chorei porque meu cabelo ia cair (e eu achei que estava livre disso!), pensei no sofrimento dos meus pais, do meu marido, dos meus irmãos... Mas em nenhum momento duvidei que ficaria boa, que seria só um período difícil na minha vida e que Deus estava cuidando de mim.



*Qual era a sua maior preocupação no momento em que te deram a notícia?
Na primeira vez que pensei que estivesse com linfoma, meu primeiro pensamento foi que eu queria ter filhos. Fiquei preocupada pensando que talvez o tratamento me tornasse infértil, o que o médico me explicou que não aconteceria (por isso hoje eu tomo uma injeção para não ovular e, assim, proteger os ovários).
Na segunda vez, quando o diagnóstico foi certo, eu fiquei triste com o cabelo! Por que achei que estava livre disso... E depois fiquei com “preguiça” pensando em todo o tempo que ainda teria que enfrentar de tratamento, por que sempre soube que ficaria boa e que o ruim seria o tratamento.

*Quais foram os passos tomados após o recebimento do diagnóstico?
Vários: diversas biópsias (de medula, de liquor), exames, a primeira quimio e o corte de cabelo. Chamei uma pessoa que foi no hospital e já cortou meu cabelo curto, meio chanel, para eu ir acostumando e desapegando do cabelão. O médico disse que era bem menos traumático cair o cabelo mais curto do que cair o cabelo comprido, então...
A cabeleireira que cortou o meu cabelo também trabalhava com perucas e já arrumei a minha primeira peruca: também chanel. Eu achei que seria menos traumático quando eu tirasse para tomar banho e dormir. Realmente é, mas eu não resisti e também comprei uma peruca mais comprida. Também uso muito lenço! E em casa fico careca mesmo!


*Em que momento do tratamento você se encontra agora?
Estou na metade do tratamento de quimioterapia: serão oito sessões e eu já fiz quatro.  Elas são feitas em ciclos de 21 dias.  Graças a Deus o tratamento está funcionando: o último PET scan mostrou que sumiu praticamente tudo!
Em sua opinião, qual foi o tratamento mais difícil? Por quê?
Alguns momentos foram os mais difíceis... Acessos venosos são sempre péssimos, principalmente os que não dão certo e os na parte interna do antebraço: dói muito!
Um dos piores momentos foi quando tentaram realizar o PIC, que é um acesso pelo qual passa um catéter mais longo e ele fica por mais tempo. É um procedimento feito sem anestesia e que geralmente dura 5 minutos. O meu durou uma hora e meia e não deu certo. Tentaram em 3 lugares diferentes e o catéter não subia, foi horrível. E o pós operatório da biópsia a céu aberto também foi sofrido, passei uns 5 dias vomitando demais por causa do Tramal, fora as dores...

*Você teve efeitos colaterais?
Eu tive um efeito colateral umas duas horas depois da primeira quimio: muita tremedeira, como se estivesse com uma febre muito alta, mas a temperatura estava normal. O corpo inteiro tremia muito, depois de alguns minutos começou a dar cãimbra por causa do esforço muscular (involuntário). Fora isso, nunca mais! Claro, a queda de cabelo e um pouquinho de enjôo e cansaço nos dias seguintes às quimios. 

*Como é a sua relação com o seu médico?
Eu confio muito no meu médico. Sempre que tenho qualquer dúvida, ligo ou mando mensagem no celular dele e ele me responde. 

*Você fez acompanhamento com equipe multiprofissional?
Como eu disse, eu confio muito no meu médico e sempre que tenho dúvidas pergunto para ele. Não consultei uma nutricionista porque já tinha uma boa base nutricional (sempre fiz acompanhamento). No momento, tento me alimentar bem, mas sem restrições, já sofro suficiente rsrsrsr...
Também não como tudo que vejo pela frente: equilíbrio. Fui à ginecologista para tirar dúvidas nessa área (fiquei com vergonha de perguntar para o médico!) e foi ótimo. Ela me deu várias dicas importantes. Mas tudo que ela me receitou também passou pelo oncologista. Se ele der ok, eu faço! E ele deu ok para tudo.
Não tive acompanhamento psicológico porque até agora não precisei. Minha mãe é psicóloga e eu converso sempre com um padre amigo da família que é muito sensato. E meu blog é minha terapia!

*Na sua opinião, o que é mais difícil de enfrentar durante o tratamento e por quê?
Várias coisas são difíceis, dependendo do momento de vida da pessoa. No meu caso, ficar careca é muito chato. Mas não faço disso um drama. Meu tratamento e meu tipo de câncer fazem a imunidade ficar muito baixa. Por isso, não posso ficar em lugares lotados e fechados, além de não poder dar beijo, abraço e aperto de mão em ninguém (exceto meus pais, irmãos e marido).
Isso é muitooooo chato, morro de vontade de abraçar as pessoas, mas obedeço as recomendações médicas à risca e por isso meu tratamento tem dado tão certo até agora. Evito comer fora de casa, ir ao cinema, viajar, pegar avião... Também estou sem trabalhar. Mas sei que é por pouco tempo e que vale a pena!


*O que foi fundamental e lhe ajudou a enfrentar o câncer?
O apoio da família e dos amigos é mais que fundamental, por isso sou a favor de contar para todo mundo! Também são muito importantes: a autoestima em dia (me maquio todo dia e visto minhas melhores roupas!), o alto astral, o foco em tudo que é positivo e em nada de negativo (evitar estresse e pessimismo), um pouco de exercício (na medida do possível: no meu caso faço yoga e caminhadas leves de 30 minutos umas três vezes por semana)...
Acho que sempre ter conhecido meus valores e princípios e sempre ter procurado viver de acordo com eles é muito importante, pois num momento como esse é comum as pessoas enfrentarem muitos arrependimentos e culpas. Outra coisa que ajuda demais é o fato de eu sempre ter sido saudável, praticado exercícios, ter tido uma alimentação saudável e não fumar.



*Como está a sua vida hoje? Nos conte sobre seu trabalho e planos para o futuro.
Não estou trabalhando (por causa da imunidade, principalmente). Mas tenho gasto bastante tempo no blog (www.heloisaorsolini.com) e pretendo continuar com ele mesmo depois de ficar boa. 
Também vou continuar trabalhando como modelo e tenho alguns planos em vista, mas nada concreto.

*Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?
A primeira é: mantenha a calma e o pensamento positivo! A medicina avançou muito e o tratamento evoluiu demais. É bem possível que sua visão sobre o câncer seja bem pior do que o que você realmente vai passar.
Além disso, mantenha-se muito próximo das pessoas queridas, mantenha a auto-estima (se cuide muito!), foque sempre no positivo, sorria e confie em Deus! Ele está pertinho de você!

*Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?
No meu caso, como eu confio muito no meu médico, procuro não ficar pensando demais no caso. Deixo nas mãos dele. Acho que se eu pesquisar demais vou ver coisas ruins que vão me deixar tensa e preocupada, como já aconteceu. Deixo essa parte nas mãos do meu marido e do meu pai e eu fico aqui, só no pensamento positivo! rsrsrsr.

Não fico na ignorância, mas tento saber só o básico. Leio livros sobre alimentação saudável, sobre como ser feliz mesmo com câncer etc...  Mas acho muito importante a população em geral ter o máximo de informação possível para se cuidar e, se tiver alguma coisa, conseguir diagnosticar logo. Quanto antes melhor! No meu caso, eu só descobri o linfoma porque fiquei indo atrás e não sosseguei enquanto não descobri o que eu tinha!

*Como você acredita que o trabalho do Oncoguia ajuda os pacientes? Te ajudou/ajuda de alguma forma?
As informações sobre o câncer geralmente são subdivididas e “perdidas”. A gente acaba encontrando um pouquinho em cada lugar, é muito difícil. Acho importante ter um lugar que agregue tudo, facilita muito nossa vida! É muito importante também a confiança na informação e o Oncoguia é bom por isso, vemos que é uma coisa séria e bem estruturada.

*Mais alguma coisa que você gostaria de nos contar?
Uma coisa que eu tenho percebido é que muita gente não conta para os outros que está com câncer e eu sou muito a favor de contar. Primeiro porque ninguém tem que ter vergonha por ter câncer. Isso é absurdo! Segundo porque receber o apoio das pessoas e trocar experiências é muito importante e ajuda demais no tratamento. Então, aqui vai meu recado: saia por aí espalhando! Rsrsrs... Assim a gente forma uma corrente de força e de energia!
Outro recadinho: eu tenho feito algumas campanhas de arrecadação de fundos para ONGs e instituições carentes no blog. No momento é o leilão de uma camiseta do Rogério Ceni, do SPFC, toda autografada pelos jogadores do time. A renda vai ser 100% revertida para caridade. Quem quiser ajudar, as informações estão no canto superior direito do blog.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Quimioterapia, sabe o que é?

Esse post quero falar sobre quimioterapia, e mostrar um pouco mas, além do que sabemos, afinal só temos a visão de que combate o câncer e cai o cabelo. Vamos nos informar um pouco mais.

O termo quimioterapia refere-se ao tratamento de doenças por substâncias químicas que afetam o funcionamento celular. Popularmente, o termo refere-se à quimioterapia antineoplásica, um dos tratamentos do câncer onde são utilizadas drogas antineoplásicas.
Agentes quimioterápicos também podem ser utilizados para o tratamento de doenças autoimunes, tais como a esclerose múltipla e a artrite reumatóide. Podem ser utilizados, ainda, para supressão de rejeições a transplantes diversos (imunossupressão).


Historia:

O uso de substâncias químicas e drogas como medicação data na época do médico persa, Muhammad ibn Zakarīya Rāzi (ou Rasis), que no século X introduziu o uso de substâncias químicas como ácido sulfúricocobremercúrio, sais de arsênicosal amoníacoourocré,argilacoralpérolaalcatrãobetume e álcool para propósitos médicos. A primeira droga usada para a quimioterapia do câncer, entretanto, data por volta do século XX, através de uma substância que não foi primeiramente usada com este propósito. O gás mostarda foi usado na guerra química durante a Primeira Guerra Mundial e foi estudada posteriormente durante a Segunda Guerra Mundial. Durante uma operação militar na Segunda Guerra Mundial, um grupo de pessoas foram expostas acidentalmente ao gás mostarda e posteriormente descobriu-se que ela tiveram uma diminuição na contagem de leucócitos do sangue. Foi então deduzido que um agente que danificava rapidamente o crescimento de leucócitos deveria ter um efeito similar no câncer. Depois disto, na década de 1940, muitos pacientes com linfoma avançado receberam a droga por via intravenosa, ao invés de inalar o gás. A melhora destes pacientes, embora temporária, foi notável. Esta experiência levou a pesquisas com outras substâncias que tinham efeito similar contra o câncer. Como resultado, muitas outras drogas foram sendo desenvolvidas no tratamento contra o câncer.

Princípio: 
Câncer é um crescimento descontrolado de células de um tecido que invadem, se locomovem ou fazem a metástase e destroem, localmente e à distância, outros tecidos sãos do organismo. Em outras palavras, câncer é o termo que se emprega para definir um grupo de enfermidades com um denominador comum: a transformação da célula normal em outra que se comporta de maneira muito perigosa para o corpo humano. Também utiliza-se a palavra neoplasia.
Muitas das drogas quimioterápicas trabalham prejudicando a mitose, efetivamente, afetando as células de crescimento rápido. Como estas drogas causam danos celulares, elas são chamadas de citotóxicas ou citotásticas. Algumas destas drogas levam a célula à apoptose (também chamada de morte celular programada). Isto significa que outras células de divisão rápida como aquelas responsáveis pelo crescimento do cabelo e substituição do epitélio da parede do intestino são também afetadas. Entretanto, algumas drogas têm efeitos colaterais menores que outras, possibilitando ao médico ajustar o tratamento, trazendo vantagens aos pacientes.
Como a quimioterapia afeta a divisão celular, tumores com alto grau de crescimento (como leucemia mielóide aguda e linfomas agressivos, incluindo Linfoma de Hodgkin, são mais sensíveis a este tratamento, pois apresentam uma grande proporção de células-alvos sofrendo divisão celular. Já os tumores com baixo grau de crescimento, como os linfomas indolentes, têm uma tendência a responder mais modestamente à quimioterapia.
Drogas afetam tumores "jovens" (mais diferenciados) mais efetivamente, porque os mecanismos que regulam o crescimento celular estão mais preservados. Com a posterior geração de tumores celulares, a diferenciação é perdida, o crescimento torna-se menos regulado e os tumores tornam-se menos responsivos à maioria de agentes quimioterápicos. Perto do centro de tumores sólidos, a divisão celular cessa, tornando-os insensíveis à quimioterapia. Outro problema com os tumores sólidos é o fato dos agentes quimioterápicos geralmente não atingirem o núcleo, ou seja, o centro do tumor. Soluções para estes problemas incluem a radioterapia e a cirurgia criada por uma bauer.
Com o tempo, a células cancerígenas tornaram-se mais resistentes ao tratamento de quimioterapia. Recentemente, cientistas identificaram pequenas bombas na área de superfície das células cancerígenas que movem ativamente a quimioterapia de dentro da célula para fora. Pesquisas com a glicoproteína-P e outras bombas efluentes de quimioterapia estão em andamento, assim como medicamentos que inibem a função da p-glycoproteína, que estão sendo testados desde junho de 2007.

Tipos de quimioterapia:
  • Poliquimioterapia: É a associação de vários citotóxicos que atuam com diferentes mecanismos de ação, sinergicamente, com a finalidade de diminuir a dose de cada fármaco individual e aumentar a potência terapêutica de todas as substâncias juntas. Esta associação de quimioterápicos costuma ser definida segundo o tipo de fármacos que formam a associação, dose e tempo de administração, formando um esquema de quimioterapia.
  • Quimioterapia adjuvante: É a quimioterapia que se administra geralmente depois de um tratamento principal, como por exemplo, a cirurgia, para diminuir a incidência de disseminação a distância do câncer.
  • Quimioterapia neoadjuvante ou de indução: É a quimioterapia que se inicia antes de qualquer tratamento cirúrgico ou de radioterapia, com a finalidade de avaliar a efetividade in vivo do tratamento. A quimioterapia neoadjuvante diminui o estado tumoral, podendo melhorar os resultados da cirurgia e da radioterapia e, em alguns casos, a resposta obtida para chegar à cirurgia, é fator prognóstico.
  • Radioquimioterapia concomitante: Também chamada quimioradioterapia, costuma ser administrada em conjunto com a radioterapia, com a finalidade de potencilizar os efeitos da radiação ou de atuar especificamente com ela, otimizando o efeito local da radiação.

Efeitos colaterais:
O tratamento quimioterápico pode deteriorar fisicamente os pacientes com câncer. Alguns pacientes podem apresentar alguns destes efeitos colaterais ou até nenhum deles. Os efeitos colaterias dependem do agente quimioterápico e os mais importantes são:
  • Alopécia ou queda de cabelo: É o efeito colateral mais visível devido a mudança da imagem corporal e que mais afecta psicologicamente aos enfermos, sobretudo as mulheres. Entretanto isto depende da quantidade e intensidade da dose e não ocorre em todos os casos. Depois de 4 a 6 semanas o cabelo volta a crescer.
  • Náuseas e vômitos: Podem ser aliviados com antieméticos ou melhor com antagonistas dos receptores tipo 3 da serotonina. Alguns estudos e grupos de pacientes manifestam que o uso da maconha, droga produzida a partir da planta Cannabis sativa, durante a quimioterapia reduz de forma importante as náuseas e os vômitos e que aumenta o apetite.
  • Diarréia
  • Prisão de ventre ou obstipação ou constipação intestinal
  • Anemia: Devido a destruição da medula óssea, que diminui o número de glóbulos vermelhos ao igual que a inmunodepressão e hemorragia. As vezes há que se recorrer à transfusão de sangue ou a administração da eritropoetina.
  • Infecções: Devido a diminuição do número de leucócitos, responsáveis pela defesa contra microrganismos.
  • Hemorragia: Devido a diminução do número de plaquetas pela destruição da medula óssea.
  • Tumores secundários
  • Cardiotoxicidade: A quimioterapia aumenta o risco de enfermedades cardiovasculares.
  • Hepatotoxicidade
  • Nefrotoxicidade
  • Síndrome da lise tumoral: Ocorre com a destruição pela quimioterapia das células malignas de grandes tumores como os linfomas. Este grave efeito colateral pode ser prevenido no início do tratamento com diversas medidas terapêuticas.

É lendo que se aprende!