quarta-feira, 21 de março de 2012

Dicas de alimentação

O público-alvo desse post são pacientes com câncer (mas lembrando sempre, que uma boa alimentação é importante para qualquer um). 
Estima-se que cerca de 50% desses pacientes fiquem desnutridos em algum momento da doença. Na hora do diagnóstico, até 60% dos que sofrem de tumores gastrointestinais, de cabeça, do pulmão ou do pescoço já estão malnutridos, segundo dados apresentados no 4º Simpósio Internacional de Nutrição da Nestlé, no final de 2007, em Lausanne (Suíça).
Além da inapetência de fundo emocional, fatores orgânicos levam à perda da massa magra e para a desnutrição. "O tumor aumenta a demanda por nutrientes, pois usa as reservas do corpo", diz o nutricionista Nivaldo Barroso de Pinho, chefe do serviço de nutrição do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Infecções, dores e desconfortos causados pelo tratamento também contribuem. "Alguns tumores podem comprimir parte do sistema digestivo e dificultar a ingestão de comida", diz o oncologista André Murad, chefe do serviço de oncologia do Hospital das Clínicas da UFMG. 
A doença pode desregular o controle de apetite no sistema nervoso central e gerar resistência à grelina, hormônio responsável pela sensação de fome. Estresse e inflamações, em alguns casos, superestimulam os mecanismos de saciedade.
Por isso, pacientes com câncer devem buscar alimentos ricos em proteínas e calorias. 
Especialistas em alimentos para pessoas com câncer sugere enriquecer purês, de fácil digestão, com azeite, leite em pó, iogurte ou ovos para aumentar o teor protéico e calórico da refeição.
O problema, é que uma alimentação composta apenas por purês se torna tediosa para o paciente. 
Outro aspecto importante, diz, é a temperatura do prato --muitas receitas desenvolvidas são frias. "As náuseas são comuns em pacientes com câncer, e o cheiro dos alimentos pode piorá-las. Os alimentos frios, que não exalam tanto odor, são mais apetecíveis para essas pessoas. Além disso, muitas ficam com a boca seca, e a comida fria dá uma sensação de frescor."
Ômega 3
Segundo Murad, da UFMG, há evidências científicas de que o ácido graxo EPA, derivado do ômega 3, reduz as respostas inflamatórias e pode ser receitado como suplemento. Em casa, o paciente pode consumir peixes ricos nesse nutriente, grãos e cereais, preferencialmente preparados com azeite de oliva.
Ele sugere evitar alimentos ricos em açúcar, carnes vermelhas e leite integral, já que a intolerância à lactose é comum.
"Os pacientes devem buscar uma dieta balanceada antes da radioterapia ou da quimioterapia pois, durante o tratamento, é mais difícil atingir as metas de ingestão".
Especialistas brasileiros acreditam que uma deficiência nutricional pode gerar complicações pós-operatórias e demora na recuperação. "Antes de ir para a mesa de cirurgia, o paciente deve receber orientação nutricional".
Para complementar a alimentação, podem ser indicadas fórmulas nutricionais específicas, esses produtos são de fácil digestão e oferecem grande quantidade de proteínas em pequenos volumes de alimento e devem ser usados entre as principais refeições para aumentar o aporte calórico.
Dicas:
- Antes de comer, faça gargarejo com chá de camomila ou água com bicarbonato para limpar a boca;
- Use condimentos suaves e evite os amargos, como vinagre e limão;
- Se sentir sabor metálico, substitua os talheres comuns pelos de plástico.

Receita:
Bolo de Maçã com Fibras
Ingredientes:
* 04 maças
* 04 ovos
* 1 copo americano de óleo
* 02 copos americanos de farinha de trigo
* 1 e 1/2 copo americano de açúcar
* 1 copo americano de fibra de trigo (farelo)
* 1 colher de sopa de fermento em pó
Mode de fazer:
Lavar bem as maçãs, descascar e reservar as cascas. Pique as maçãs em cubos pequenos e reserve. Bater no liquidificador  os ovos, óleo, farinha, açúcar, a fibra, e as cascas das maçãs.
Acrescente o fermento e mexa devagar. Por último acrescente as maçãs picadas.
Coloque em forma untada e assar em forno pré-aquecido por aproximadamente 45 minutos ou até dourar.

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